segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"Quero fazer os poemas das coisas materiais,
pois imagino que esses hão de ser
os poemas mais espirituais.
E farei os poemas do meu corpo
E do que há de mortal.
Pois acredito que eles me trarão
Os poemas da alma e da imortalidade."
E à raça humana eu digo:
-Não seja curiosa a respeito de Deus,
pois eu sou curioso sobre todas as coisas
e não sou curioso a respeito de Deus.
Não há palavra capaz de dizer
Quanto eu me sinto em paz
Perante Deus e a morte.
Escuto e vejo Deus em todos os objetos,
Embora de Deus mesmo eu não entenda
Nem um pouquinho...
Ora, quem acha que um milagre alguma coisa demais?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres...
Cada momento de luz ou de treva
É para mim um milagre,
Milagre cada polegada cúbica de espaço,
Cada metro quadrado de superfície
Da terra está cheio de milagres
E cada pedaço do seu interior
Está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
Os peixes nadando, as pedras,
O movimento das ondas,
Os navios que vão com homens dentro
- existirão milagres mais estranhos?" (Walt Whitmann)

3 comentários:

Anônimo disse...

Até mesmo esse imenso JARDIM que possuímos e que chamamos de EXISTÊNCIA é um grande milagre.
Bela descrição.

Abração

uerllecosta.blogspot.com

Cibele disse...

Engraçado que este provavelmente é o propósito do material: ser um canal para o espiritual.
E o Uerlle tem toda a razão; respirar já é um milagre!

Unknown disse...

até dava prá completar esse nome, hein??!!! rsrsrsrsr! "Carpe diem quam minimum credula postero." horácio

parabéns pelo blog. me faz citar camus qdo disse: "quem escreve de modo claro tem leitores. quem escreve de um modo obscuro comentadores." virei LEITORA!!!

um abraço. continue escrevendo!

ruby