quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um nome

Um nome de Deus

Este desejo em mim que não sossega
É grandeza e não tem nome
Nasceu comigo, mas vem de muitas eras
Atrás da linha do horizonte
Companheira que é saudade
Uma ausência que é presença
Ah, desejo… meu suspiro e devoção
Este desejo em mim que não me larga
Fala muito qual o silêncio
Emudece os meus lábios feito à morte –
O hiato de quem vive
Parte de mim que já se foi
A metade que não vai
Ah, desejo… meu fôlego e fé
Meu desejo diz mais que palavras
É o melhor da minha oração
Já traduziu o que a letra matou
No meu gemido o Pai discerniu
Ah, desejo… um nome de Deus


Márcio Cardoso

5 comentários:

Lucelena Araujo disse...

Parabêns primo!!!! ta tudo lindo!!!

Anônimo disse...

que lindo cara!!!!!

Anderson Meireles disse...

Belo texto, belo blog!
Aplaudoe faço coro!
Abraço!

Jackson " Poeta Aprendiz" disse...

Senti a mesma sensação ao deparar-me com tantas Crenças que tentam inutilmente explicar o Pai! Abçs querido Irmão!

Cibele disse...

Não é necessário dar nome. É necessário sentir. E a forma como você costuma frisar isso é sempre muito bonita.